28.11.07

Quem é, afinal, o profissional da informação?

Uma questão muito polêmica ronda de perto esta pergunta. É uma questão muito difícil de responder porque a informação é o objeto de estudo de diversas áreas. A diferença, se é que existe, é o foco que se dá ao objeto. Tendo esse pensamento como guia da discussão, me pergunto se as pessoas que trabalham com a informação pensam nesta questão. Dependendo do que se pretende fazer, o profissional responsável pela atividade pode ter formações acadêmicas diferenciadas. De bibliotecários, jornalistas, publicitários, pedagogos, psicólogos, arquitetos, analistas a um número sem fim de profissionais. Tudo bem que informação hoje pode valer muito mas de adianta advogar ou tomar para si o cargo de "profissional da informação" se o foco for diverso da sua área de formação. Se isso fosse irrelevante não seria necessário passar anos estudando um curso, estudaríamos uma área geral. "Quero fazer informação como curso superior" Ótimo, mas o que estudar sobre ela? Não acredito em uma pessoa que estude TUDO, ou saiba TUDO, afinal o conhecimento cresce a cada dia. Por isso diferentes formações e pontos de vista. É preciso reconhecer competências.

12.11.07

21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca

21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca
(MARTINS, Alessandro apud Dados em Comum)
  1. Grandes quantidades de livros são pesadas. Dê atenção a espessura das prateleiras.
  2. O livro deve ser constantemente manuseado. O virar das páginas oxigena o material, impede a acumulação de microorganismos que atacam o papel e colabora para que as folhas não fiquem ressecadas e quebradiças.
  3. Folheie rapidamente, mas cuidadosamente, o livro sempre que for colocá-lo de volta na prateleira. Isso vai arejá-lo.
  4. Não guarde os livros acondicionados em sacos plásticos, pois isto impede a respiração adequada do papel.
  5. Evite encapar os livros com papel pardo ou similar. Essa aparente proteção contra a poeira causa, na realidade, mais dano do que benefício ao volume em médio e curto prazo. O papel tipo pardo, de natureza ácida, transmite seu teor ácido para os materiais que estiver envolvendo (migração ácida).
  6. Faça uma vistoria anual. Retire todos os livros, limpe-os com um pano seco. Limpe a estante com um pano úmido. Evite passar produtos fortes do tipo lustra-móveis, já que seus resíduos podem infiltrar no papel.
  7. Deixe sempre um espaço entre estantes e parede. A parede pode transmitir umidade aos livros. E, com a umidade, surgem os fungos.
  8. Armários e estantes devem ser arejados. Estantes fechadas devem ser periodicamente abertas.
  9. Estantes de metal são preferíveis do ponto de vista da conservação dos livros.
  10. Não use clips como marcador de páginas. O processo de oxidação do metal mancha e estraga o papel.
  11. Em estantes de madeira, pense em revestir as prateleiras com vidro. Não use tintas a base de óleo.
  12. Bibliotecas devem ser freqüentadas. Nem pense em porões. Baixa freqüência de pessoas aumenta a incidência de insetos. Considere um tratamento anual contra traças.
  13. Não guarde livros inclinados. Aparadores podem mantê-los retos.
  14. Encadernações de papel e tecido não devem ser guardadas em contato direto com as de couro.
  15. Na prateleira, os livros devem ficar folgados. Sendo fáceis de serem retirados, duram mais. Comprimidos nas prateleiras, induzem a sua retirada de maneira incorreta, o que danifica as lombadas e fatalmente leva ao dano da encadernação. Livros apertados também favorecem o aparecimento de cupins.
  16. Quando tirar um livro da prateleira, não o puxe pela parte superior da lombada, pois isso danifica a encadernação. O certo é empurrar os volumes dos dois lados e puxar o volume desejado pelo meio da lombada.
  17. A melhor posição para um livro é vertical. Livros maiores devem ter prateleiras que permitam isso. Em último caso deixe-os horizontalmente, tomando-se o cuidado de não sobrepor mais de 3 volumes.
  18. Luz do sol direta nem pensar. O sol desbota e entorta as capas.
  19. Se for um livro antigo ou de algum outro valor ou de maior sensibilidade, lave as mãos antes de folheá-lo, já que mãos engorduradas contribuem para a aceleração da decomposição do papel. Evite umedecer as pontas dos dedos com saliva para virar as páginas do livro.
  20. Ao ler um livro, evite abri-lo totalmente, como por exemplo, em cima de uma mesa. Isto pode comprometer a estrutura de sua encadernação.
  21. Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado.

30.9.07

Simplicidade, não me faça pensar...


Hoje, pesquisando na Net descobri o livro do John Maeda (aí ao lado). O livro parece ser bem interessante e leva em consideração aqueles critérios levantados pelo Steve Krug em seu livro Não me faça pensar. Acredito que estes autores estão na verdade se preocupando com o que já podemos ver na internet: muita coisa, ao mesmo tempo, nos invadindo e sobrepondo. Pensando assim podemos colocar também que Richard Wurman com o livro Ansiedade de Informação e Peter Morville com Findability nos ajudam a entender o que anda acontecendo. São assuntos que se complementam e que na verdade parecem ser um só: a gestão da informação, de forma simples e descomplicada.
Ainda não tive acesso ao livro do Maeda, mas se alguém já o tiver e puder comentar por aqui eu agradeceria muito.

10.9.07

O que pode ajudar a mudar a imagem do bibliotecário?

Grande luta hoje para escolher meu tema de mestrado pois muitas coisas me apetecem e muitas dúvidas surgem. Sejam sobre o papel do profissional de biblioteconomia no mercado de AI e GC, seja sobre as competências necessárias aos profissionais destas áreas.
Acredito seriamente que o lugar dos bibliotecários não é somente na biblioteca, aliás esses são os lugares onde menos se precisa deles atualmente. Também acredito que ficar discutindo terminologias não mudará sua imagem, muito menos sua formação. Somente a formação extra-curricular poderá combater idéias retrógradas e infundadas. Será que pesquisas ajudam neste combate?

27.7.07

Resultado do XXII CBBD

Sinceramente, fiquei meio decepcionada com o congresso. A maioria dos trabalhos de meu interesse não foram apresentados, geralmente relacionados a AI e GC. Foi uma média muito alta para um congresso em minha opinião. Não que eu tenha escolhido poucos trabalhos para ver, mas para uma programação com previsão de término marcado para as 17h, terminar às 15h... Ainda não divulgaram os trabalhos na Internet, apenas quem participou do CBBD recebeu os anais. Acredito que os interessados podem solicitar à FEBAB uma cópia. Triste é ter feito uma inscrição com tantas expectativas com relação às novidades da área e não ter tido tanto acesso quanto esperado.
Que o próximo congresso seja melhor.

9.7.07

XXII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação



Tema geral: Igualdade e Diversidade no Acesso à Informação: da Biblioteca Tradicional à Biblioteca Digital
Brasília, DF, 08 a 11 de Julho de 2007
Apesar de alguns contratempos a proposta e a programação está muito boa, abrange temas como: Gestão da informação e unidades de informação: os desafios da infodiversidade, Mediação e comunicação da informação: do impresso ao eletrônico e Tecnologias de informação e comunicação: contribuição na segurança, acessibilidade e arquitetura de informação.
Mais informações: http://www.febab.org.br/XXII_CBBD/xxii_abertura.html

19.5.07

Oportunidades que estão surgindo

Esta semana participei do Ciclo de Palestras sobre Gestão da Informação, promovido pelo Information Resource Center da Embaixadada Americana aqui em Brasília. As palestras deram enfoque à AI. Tivemos palestras sobre ontologia, web semântica, estudo de caso e até a presença de uma arquiteta de informação da Walt Disney.
Poucas novidades para quem já atua na área há algum tempo. O que mais me deixou animada foi saber que a AI está sendo desenvolvida e respeitada em órgãos publicos, o que pode ser comprovado na palestra realizada pela Flávia Macedo, servidora do Tribunal de Contas da União. Ela também apresentou uma palestra sobre o trabalho que vem desenvolvendo no TCU no 1º Seminário de Gestão da Informação Jurídica em Espaços Digitais e agora com as novidades nesta palestra.
Outra presença também interessante foi a do Prof. Dr. Ailton Feitosa, autor do livro "Organização da Informação na Web" que também esteve no Seminário Sobre Informação na Internet, que contou com a presença dos grandes como Google e Yahoo!. De acordo com Feitosa,
o mercado está se abrindo para os profissionais da informação e é interessante ficar atento às oportunidades que estão vindo camufladas com nomes diferentes dos já tradicionais mas que no fim envolvem estudos de métodos de organização da informação a fim de recuperá-la de forma mais fácil.

25.4.07

Porto Digital

Assistindo a uma reportagem da Globo News sobre o Porto Digital em Pernambuco, descobri porque muitos conhecidos estão debandando para o nordeste. Que oportunidade genial! E a proposta de criar esse setor de tecnologia é fabulosa! Aliás nem proposta é mais, já é realidade. Uma alavanca para uma região do Brasil que tinha como tradição sobreviver principalmente do turismo.
O Porto Digital segundo seu próprio site é definido como "Arranjo Produtivo de Tecnologia da Informação e Comunicação, com foco no desenvolvimento de software, que está situado no Recife, capital de Pernambuco, no nordeste brasileiro." Uma iniciativa que está exportando conhecimento de valor agregado para todo o mundo, inclusive com premiações da Microsoft para projetos desenvolvidos por universitários do Porto. Vale a pena descobrir mais sobre este pólo de tecnologia, é um novo mercado que está se abrindo.

15.3.07

AI, GC e a valorização do ser humano

Gerenciar a informação na internet é praticamente inviável já dizem inúmeras pessoas. Claro, não há como qualquer ser humano gerenciar um conteúdo tão extenso que se expande em progressões tão alarmantes como o espaço. Mas há como facilitar o acesso à informação que pretendemos colocar à disposição na Inet. Estaremos fazendo nossa parte, correto?
A AI é uma bela prova de que é possível organizar a informação de forma lógica, seguindo padrões de usabilidade e principalmente de processos cognitivos, afinal a mente (mesmo que não percebamos) segue padrões.
Vejo essa questão como um pouco de Information Literacy, termo ainda pouco definido por aqui. É algo como ensinar o usuário a encontrar o que precisa de forma que ele possa encontrar o que precisa sozinho. Mas a AI não ensina, apenas facilita as coisas de forma que o usuário possa agir sozinho.Capa do livro de A Atual Gestão do Conhecimento de Consuelo Rocha Dutra de Lara, da editora Nobel
Chega-se em outra questão, essa organização permite um melhor "gerenciamento" das atualizações da informação por parte do usuário. Proporciona a diminuição da incerteza, tão certa nos tempos atuais. Claro que o "gerenciamento" será feito pelo usuário, mas a GC começa no ser humano pois é ele que inicia o processo.
Aqui, mais uma vez, chegamos a conclusão de que o usuário é o centro de todo movimento e toda mudança ocorrida e me questiono: será que estamos realmente na era da informação? será que não estamos na era da "valorização do ser humano"? Afinal, é para ele que tudo é feito, processado, facilitado. Após séculos tentando modificá-lo, adaptá-lo, desumanizá-lo, chegamos a um tempo onde ele, o ser humano, é a razão de tudo.

22.12.06

A diferença do capital intelectual

Após um longo período sem escrever, eis que surge uma oportunidade, embora rápida, de postar novas idéias. Estou me embrenhando em um novo projeto que tem tomado muito meu tempo, principalmente por causa de novos processos de trabalho ao qual estou me inteirando. Nestes últimos meses tenho visto a importância do capital intelectual para uma empresa. É interessante notar como esse capital influencia nos resultados e principalmente no processo de gestão. Estive lendo desde Consuelo Rocha, Choo, Davenport e é estranho como esse capital, antes "oculto" ou não calculável tem tomado vulto. Com o termo já clichê de "era da informação", os valores se alteram e vemos como a informação realmente pode ser a diferença em exemplos de grandes empresas (estas que tem seu valor calculado por sua força de trabalho e não apenas por valor imobiliário e clientela). Repare como a contratação de uma pessoa reconhecidamente capacitada ou mesmo com uma boa formação agrega valor à empresa. Elas estão ganhando mais ao treinarem e capacitarem sua força de trabalho e as que não o fazem procuram profissionais que já tenham treinamento e capacitação. O atraso fica por conta de empresas que não possuem essa mentalidade e nem permitem que seus colaboradores o façam. Não há mais como avançar sem informação. Nem há como parar de aprender e gerar conhecimento com a importância que estes tem ganhado, afinal o avanço de hoje e sempre tem sido e acredito que continuará sendo o aprendizado e a capacitação hoje mais em voga pela crença acertada de que conhecimento compartilhado é conhecimento duplicado.

3.10.06

Tecnologia X Conhecimento Humano

Quando é que as pessoas vão entender que o conhecimento humano está acima da tecnologia? Que de nada adiantam sistemas complexos que realizam tarefas rapidamente se não há conhecimento que sirva para usar e principalmente para armazenar nestes sistemas. De quê me adianta um banco de dados repleto de funções e aplicativos eficientes se não existem informações para serem buscadas ou armazenadas. Eis o poder do homem: gerar conhecimento. A tecnologia é mero artifício.
Lendo atualmente: Ecologia da Informação de Thomas Davenport.

15.9.06

Novidades para os AIs


Hoje, em minhas navegações diárias acessei o blog da Lulli e me deparei com um lançamento muito conveniente para AI. Está pra sair do forno o livro aí do lado.
O livro, pelo resumo que li no site do autor, Dan Brown (não, não é o do "Da Vinci") aborda documentos utilizados na área de AI. Documentos desde wireframes, mapas de site até testes de usabilidade. Com certeza vem bem a calhar, principalmente se pensarmos em processos de trabalho.
Falando em processo de trabalho, estive conversando com um amigo, Ricardo Augusto, sobre processos de trabalho e as dificuldades deste principalmente por causa da segmentação entre processos. Algo tipo, começa com a equipe de atendimento, passa pra planejamento, passa pra arquitetura, passa pra designer, passa pra redação, passa pra tecnologia... e por aí vai. Será que um processo mais integrado, algo como equipe por cliente não seria mais eficiente? Claro que existem prós e contras para os 2 processos, mas ando acreditando que um processo por equipe de trabalho flui com maior eficácia e velocidade. Isso principalmente porque integraria processos, como a AI, planejamento e tecnologia. Digo isso porque o planejamento e a tecnologia que serão usados em determinado projeto influenciam diretamente no processo de "arquitetar".
Algo a se pensar.

15.8.06

Padronizar ou diferenciar?

Estive lendo o artigo Browsers e seus diferenciais e comecei a pensar a respeito da padronização. Ora, nosso processo de aprendizagem se torna muito mais rápido quando repetimos várias vezes a mesma coisa, seguindo os mesmos padrões. No caso de browsers que são muitas vezes ferramentas de trabalho, não seria mais fácil que seguissem um padrão básico? E seu diferencial fossem serviços, como coloca o artigo que citei? Digo o mesmo para a interface dos celulares, é inconcebível ter que reaprender a trabalhar no aparelho toda vez que compra um novo. A semelhança só aparece se o fabricante é o mesmo, mas tente mudar de fabricante a cada troca... Perdemos inclusive nosso tempo para refazer o processo de trabalho que já tinha sido aprendido porque os padrões são alterados. Haja memória.

9.8.06

Ansiedade da Informação e Gestão do conhecimento

A ansiedade da informação está muito em voga atualmente. Resultado direto da explosão de mídias que permitem maior interação como blogs, podcasts, pra citar alguns, possibilitados principalmente pela Internet. A TV digital também é um meio que permitirá uma interatividade nunca vista antes, mas que ainda continua em fase de constituição de padrões e leis. Nesse novo cenário, instantâneo, interativo e, principalmente, com ênfase na produção de informação (vamos deixar a discussão sobre dado>informação>conhecimento para um próximo post), a ansiedade de informação torna-se objeto de destaque.
Quem nunca se sentiu culpado por não conseguir se atualizar como acha que deveria estar atualizado? Por não conseguir ler todos os livros e artigos que acha que deveria ler ou que achou interessante? E os e-mails que crescem a cada segundo, sem que se consiga pelo menos esvaziar a caixa postal antes que novos e-mails cheguem? O estresse parece fazer parte do cotidiano tóxico em que estamos vivendo, é o que Wurman (2005) chama de a "sociedade do mais". Nossa cultura enfatiza o que popularmente chamamos de "decoreba", mas imagine receber milhares de informações diferentes todos os dias e ter que decorar. Não há como. De acordo com um estudo feito por Freitas e Soares (2004) nossa capacidade para decorar, ou melhor, nossa memória de curto prazo, tem capacidade limitada de armazenamento. Não é o caso de desesperar então quando vimos algo ontem e já nos esquecemos do que se tratava. O fato é que para assimilarmos algo realmente, ou compreender a informação que recebemos, é preciso que a informação seja vista e revista várias vezes; só assim esta informação passará para a memória de longo prazo que tem a capacidade de armazenamento ilimitada.
Bem, já que é complicado rever a mesma informação várias vezes em nossa rotina de novidades piscantes como não se perder nesse oceano?Oceano
Considerando a metáfora de oceano e em se tratando de navegar pelo mar de informações, a Gestão do Conhecimento assemelha-se àquele grito preso na garganta: "terra à vista". Definição de metas, objetivos, planejamento estratégico, monitoramento ambiental, inúmeras são as ferramentas que nos são oferecidas. Mas o fundamental é saber para onde queremos ir e como chegar lá, com a determinação de necessidades e objetivos a Gestão do conhecimento se transforma na ferramenta fundamental, ou quem sabe na "bóia salva-vidas", que nos permite gerenciar as informações que possuam conexão com as metas e objetivos traçados.

17.7.06

Mais ansiedade!!



Eu ganhei! Eu ganhei!!

Para quem não sabe sobre esta preciosidade segue artigo retirado de: Um novo guia para um novo tempo: Editora de Cultura lança Ansiedade de Informação 2

Após o sucesso de “Ansiedade de Informação”, a Editora de Cultura lança mais um guia de Richard Saul Wurman: Ansiedade de Informação 2. Num tempo em que as informações são transmitidas e recebidas o tempo todo, incessantemente, em diversas situações da vida cotidiana, sua leitura é relevante não apenas para os profissionais especializados em comunicação, mas a toda sociedade contemporânea.

Buscando adequar o tema ao novo patamar atingido pela tecnologia da informação, Ansiedade de Informação 2 não é uma continuação do primeiro livro, embora este continue interessante e válido em seus princípios sobre a necessidade de criar compreensão. Porém, quando Ansiedade de Informação foi lançado, ainda não estavam disseminadas tecnologias como o palm top, celular, DVD, correio eletrônico e a Internet não havia ganho o espaço que tem hoje. Esse novo cenário impulsionou o surgimento dessa obra, um livro não-linear, o qual afirma explicitamente que as informações produzidas e veiculadas na quantidade que recebemos hoje podem estar mais atrapalhando do que sendo úteis às pessoas, já que há uma preocupação muito maior com o estilo e a estética do que em tornar as informações realmente compreensíveis.

Autor de uma centena de livros, Wurman tornou-se best-seller nos EUA com essas duas obras que popularizaram a expressão “arquitetura da informação”, expressão de um novo campo de trabalho lançado por ele ao organizar a Conferência Nacional do American Institute of Architets de 1976.

Partindo da premissa de que é preciso aprender a diferença entre informação como produto e informação como significado, o autor defende que, uma vez dominadas as regras para dar e receber informação, é possível aplicá-las competentemente em qualquer contexto. Dessa maneira, poderemos nos tornar produtores mais competentes da informação e, conseqüentemente, gerar mais eficiência na compreensão.

Escrito de maneira objetiva e irreverente, procura estimular a curiosidade do leitor e oferece um panorama geral da influência e importância das instruções e informações na nossa vida, além de mostrar aplicações práticas dos conceitos que defende para a vida cotidiana. O texto permite que a leitura seja feita de acordo com as duas leis máximas do autor: interesse é o melhor acesso a informação (as pessoas só aprendem aquilo que lhe interessam) e ser subversivo (quanto mais questionar, mais aprenderá).

Traz discussões e soluções válidas para todo tipo de mídia e conta com o auxílio de mapas, ilustrações, citações e artigos de especialista, sendo um guia muito útil não apenas a comunicadores, mas a todas as pessoas que lidam diariamente com o processo de recepção e transmissão de informações."

Fonte: Bansen Comunicação e Marketing.

Um livro nunca deixa você na mão

Essa eu não poderia deixar passar. Na era da informação, dentre muitos debates sobre o fim do papel, digitalização, compactação, convergência, ansiedade de informação, dentre outros...

Eis que surgem idéias e conceitos interessantes:


A book will never let you down



Grande abraço.

28.6.06

Cumprindo promessa e Informação na Internet

Cumprindo a promessa, taí do lado o arquivo sobre Gestão Estratégica da Informação no Ambiente empresarial. Vou começar a colocar os trabalhos que produzo nesta área Produção Científica.
Aproveito o post pra comentar sobre o Seminário e o Simpósio aí da imagem.
O primeiro, pago e o segundo não. Achei uma injustiça restringir o acesso desta forma, digo isso porque o Seminário tem um preço bem salgado, mas tudo justificado quando fui dar uma olhada na programação e verificar quem seriam os palestrantes: Antônio Alberto Valente Tavares da ABRANET e do Comitê Gestor Internet, Marco Marinucci, executivo do Google e responsável pelo Google Books, Guilherme Ribenboim, Gerente Geral do Yahoo! Brasil, Guga Stocco Filho, Gerente de Serviços de Informação do MSN Brasil (foi executivo de negócios de e-commerce da UOL e diretor de desenvolvimento de negócios para a América Latina na Verisign, além de diretor comercial e de publicidade do iG) e Ailton Feitosa, prof. Dr. da UnB e do IESB.
Com um time desses, quem se atreve a perder?

7.6.06

Muita informação "informa"?

Há alguns dias, ao elaborar um wireframe uma dúvida cruel: será que tanta informação é necessária? A questão se resumia no seguinte: o usuário deveria visualizar os dados de cada registro para que soubesse as alterações que deveria fazer quando acessasse a edição de conteúdo do registro.

É complicado definir o que o usuário poderá visualizar mas é uma velha briga dentro da área, associando a questão à da censura. Mostrar todo conteúdo mesmo que confunda o usuário? Esconder conteúdo? Sou a favor de mostrar o importante criando níveis de aprofundamento, pois assim o usuário poderá assimilar todo o conteúdo que deve ser informado, mas também ter uma visão geral e se quiser, se aprofundar.

Mas como dar a oportunidade ao usuário de escolher o que quer ver? Funciona quando já existem informações na tela e filtros para que o usuário escolha o que e como deseja visualizar. Mas se os filtros não existem, é muito importante que os profissionais da informação considerem para quem está sendo feito o sistema ou a arquitetura do site. Nesta parte o estudo do usuário é fundamental.

Achei um texto interessante do André Azevedo que vale a pena ser lido: Quando proibir é divulgar, e informar é censurar.

30.5.06

Gestão estratégica da informação


Sexta-feira passada apresentei um trabalho junto com alguns colegas da pós sobre a gestão estratégica da informação (pedirei autorização a eles para depois disponibilizar o trabalho aqui). Foi um trabalho que na verdade era a exploração de um texto de CARVALHO, ANDRADE e ESCRIVÃO FILHO, mas que tomou tal forma (muita contribuição do interesse do grupo em saber mais sobre o tema e explorá-lo contribuiu para isso) que creio que poderia ser o trabalho de um semestre inteiro.

Abarca o desenvolvimento e surgimento de estratégias para tomada de decisão, planejamento e gestão da informação, monitoramento ambiental da informação (importantíssima fonte para tomada de decisão), tipos de sistemas de informação e principalmente a tomada de decisão.
Coube a mim e uma colega do Grupo de Pesquisa em Marketing da Informação, Fernanda Cordeiro, apresentar a parte sobre monitoramento ambiental, ou seja, o fluxo de informação dentro e fora do ambiente empresarial, fontes de informação que podem ser utilizadas (dentre colégio invisível, mercado, clientes, fornecedores, eventos, bases de dados, associações, etc). Muitas citações a CHOO, a WILSON, DAVENPORT e MORESI, para interpretação dos tipos de ambientes que podem e devem ser monitorados para que o planejamento estratégico possa fundamentar-se e as decisões possam ser tomadas baseadas em critérios sólidos (ou menos infundados).
Vale a pena ler os textos citados e se aprofundar.

17.5.06

Quero mais Brasil

Me permito hoje um off-topic para abraçar uma causa muito importante. Recebi as linhas abaixo de um amigo, Ricardo Augusto e resolvi compartilhar com vocês. Certas coisas precisam ser compartilhada, até por valores pessoais mas muito mais por patriotismo.

Quero mais Brasil
http://www.queromaisbrasil.com.br/

O Quero Mais Brasil é um movimento que convida toda a sociedade brasileira a se dar as mãos e fazer com que o eterno país do futuro se torne o Brasil do presente. É um movimento sem nenhuma ligação partidária. Ele nasce da iniciativa de desejos brasileiros de fazer algo mais do que simplesmente votar de dois em dois anos e já conta com o apoio de uma parcela significativa da sociedade, representada por mais de 180 das mais variadas associações de classe.

Querer Mais Brasil é participar deste movimento ao lado de vários brasileiros, empresários, artistas, líderes, trabalhadores, pessoas que vão usar a cidadania para construir uma cidade, um estado e um país melhor. É descruzar os braços. Querer Mais Brasil é querer transparência nos gastos públicos de todos os governos. Não é ser contra nenhum partido ou político. É ser a favor do Brasil, dos Estados e de todos os municípios.

Querer Mais Brasil é exigir que todos os governos, das cidades, dos estados e do país, não gastem mais do que arrecadam. Sem dívida crescente, sem juros excessivos, sem gastos mal feitos. É exigir menos gasto na máquina pública e mais serviços sociais e investimentos. Querer Mais Brasil é exigir a mesma eficiência dos orgãos públicos que se exige da iniciativa privada: incompetentes fora, profissionais competentes e premiados e corrupção eliminada.

Querer Mais Brasil é não ficar calado. É descruzar os braços e construir juntos.

Chega do país do futuro. Quero Mais Brasil agora.