5.1.06

O cliente bateu o pé e quer do jeito dele. Abra caminho.

Ano novo, vida nova, novos projetos, novos clientes... nem sempre. Lidar com cliente é sempre algo complicado. Creio que principalmente para quem trabalha com Internet há algum tempo e que tem clientes que não entendem tanto assim desse assunto. Hoje, navegando na Net encontrei esse diagrama que se não fosse cômico seria realmente trágico. É engraçado mas tem uma verdade inegável. A comunicação entre as pessoas possui muitos ruídos e dá margem a diferentes interpretações que são influenciadas pela vivência de cada um.
Imagine-se frente ao seu cliente. Ele quer algo que você sabe que não vai ficar bom e que provavelmente vai trazer problemas no futuro. Você explica, argumenta, exemplifica, mas o cliente bate o pé. Tem jeito? O cliente viu no site tal e achou legal. Quer também. Não adianta argumentar que o projeto é diferente, que o que ele quer está fora do contexto. Pra resolver a situação, só fazendo o que o cliente quer. Mas e o nosso trabalho? Vai por água abaixo?
Eu acredito que nessas horas é bom estar preparado: faça o que o cliente pede mas deixe a solução que você acha melhor preparada para ser apresentada. Nesses casos é bom testar a solução escolhida pelo cliente e a solução proposta por você. Algumas pessoas são como São Tomé: só acreditam vendo. Assim ele pode ver o que pediu e o que você está propondo. Abra caminho para outra solução.
É a mesma coisa quando um usuário vai para o serviço de referência de uma biblioteca. Quer a informação tal. Procura, procura. Nada. Mas qual é o objetivo? O que se pretende com a informação? São esses os questionamentos que devem ser feitos nessa hora. Se a pesquisa for direcionada de forma correta, outros caminhos se abrem e a melhor forma de resolvê-la se apresenta mais facilmente. O papel do bibliotecário e do arquiteto de informação é abrir caminhos para o usuário encontrar o que procura.

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