9.2.17

Retomando as atividades

Quase 10 anos!
O blog parou por um longo período, mas está de volta aproveitando o espaço aberto para discutir problemáticas da área de Informação, novidades, trabalho, mercado, propor ações, atitudes e mudanças.
Aproveito o post para deixar algumas perguntas no ar:

1) Associações de classe profissionais como conselhos possuem outras atribuições além daquelas relacionadas ao registro e fiscalização do exercício da profissão?
Busquei na internet a legislação relativa a esse exercício e localizei diversas leis e decretos que regulam a profissão (aos interessados em se aprofundar nessa temática o Conselho Federal de Biblioteconomia reuniu todas em uma única página, clique aqui para ver). A legislação dispõe sobre a profissão de bibliotecário e suas atividades. Detalha, por exemplo, que a designação Bibliotecário é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia, aborda questões sobre infrações e penalidades, reserva de mercado, possui também vários vetos nos artigos que tentam propor a exclusividade da realização de atividades inerentes ao ciclo da informação, mas sem sucesso.

2) Será que alguém já se tocou que a Biblioteca Demonstrativa de Brasília está fechada há anos? Após a morte da diretora Maria da Conceição Moreira Salles, a biblioteca foi definhando até ser fechada devido à problemas na infraestrutura. Entretanto, enquanto esteve aberta, sempre foi um lugar repleto de pessoas e atividades ligadas à cultura, leitura e estudo. A questão que deixo, já que nota-se diversos movimentos pela retomada das atividades do Teatro Nacional, do Conic, do T-Bone e tantos outros lugares que nos permitem ter acesso à informação, é a pergunta: será que as bibliotecas físicas já não fazem falta? Porque? Será que elas precisam se reinventar ou são mesmo desnecessárias?

3) A relação espaço físico versus atividades profissionais devem ser mais discutidas? Porque os bibliotecários não saem do "prédio da biblioteca"?
Não é possível compreender a resistência desse profissional em sair do espaço da biblioteca. Medo? Insegurança? Incompreensão de seu papel profissional? Falta de visão de futuro? Assim como percebe-se que o número de bibliotecas físicas está caindo é possível prever que o profissional de Biblioteconomia terá seu mercado reduzido. Isso, claro, se ele, de forma generalizada, não começar a ocupar novos espaços e realizar atividades que mesmo com nomes diferenciados (arquitetura de informação, processamento de dados, análise e organização de informação, gestão de conteúdo, livros eletrônicos, empreendedorismo cultural, produtor de inteligência dentre outros) são inerentes à formação. Medo do novo? O profissional da informação deve estar à frente disso.