28.11.07

Quem é, afinal, o profissional da informação?

Uma questão muito polêmica ronda de perto esta pergunta. É uma questão muito difícil de responder porque a informação é o objeto de estudo de diversas áreas. A diferença, se é que existe, é o foco que se dá ao objeto. Tendo esse pensamento como guia da discussão, me pergunto se as pessoas que trabalham com a informação pensam nesta questão. Dependendo do que se pretende fazer, o profissional responsável pela atividade pode ter formações acadêmicas diferenciadas. De bibliotecários, jornalistas, publicitários, pedagogos, psicólogos, arquitetos, analistas a um número sem fim de profissionais. Tudo bem que informação hoje pode valer muito mas de adianta advogar ou tomar para si o cargo de "profissional da informação" se o foco for diverso da sua área de formação. Se isso fosse irrelevante não seria necessário passar anos estudando um curso, estudaríamos uma área geral. "Quero fazer informação como curso superior" Ótimo, mas o que estudar sobre ela? Não acredito em uma pessoa que estude TUDO, ou saiba TUDO, afinal o conhecimento cresce a cada dia. Por isso diferentes formações e pontos de vista. É preciso reconhecer competências.

12.11.07

21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca

21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca
(MARTINS, Alessandro apud Dados em Comum)
  1. Grandes quantidades de livros são pesadas. Dê atenção a espessura das prateleiras.
  2. O livro deve ser constantemente manuseado. O virar das páginas oxigena o material, impede a acumulação de microorganismos que atacam o papel e colabora para que as folhas não fiquem ressecadas e quebradiças.
  3. Folheie rapidamente, mas cuidadosamente, o livro sempre que for colocá-lo de volta na prateleira. Isso vai arejá-lo.
  4. Não guarde os livros acondicionados em sacos plásticos, pois isto impede a respiração adequada do papel.
  5. Evite encapar os livros com papel pardo ou similar. Essa aparente proteção contra a poeira causa, na realidade, mais dano do que benefício ao volume em médio e curto prazo. O papel tipo pardo, de natureza ácida, transmite seu teor ácido para os materiais que estiver envolvendo (migração ácida).
  6. Faça uma vistoria anual. Retire todos os livros, limpe-os com um pano seco. Limpe a estante com um pano úmido. Evite passar produtos fortes do tipo lustra-móveis, já que seus resíduos podem infiltrar no papel.
  7. Deixe sempre um espaço entre estantes e parede. A parede pode transmitir umidade aos livros. E, com a umidade, surgem os fungos.
  8. Armários e estantes devem ser arejados. Estantes fechadas devem ser periodicamente abertas.
  9. Estantes de metal são preferíveis do ponto de vista da conservação dos livros.
  10. Não use clips como marcador de páginas. O processo de oxidação do metal mancha e estraga o papel.
  11. Em estantes de madeira, pense em revestir as prateleiras com vidro. Não use tintas a base de óleo.
  12. Bibliotecas devem ser freqüentadas. Nem pense em porões. Baixa freqüência de pessoas aumenta a incidência de insetos. Considere um tratamento anual contra traças.
  13. Não guarde livros inclinados. Aparadores podem mantê-los retos.
  14. Encadernações de papel e tecido não devem ser guardadas em contato direto com as de couro.
  15. Na prateleira, os livros devem ficar folgados. Sendo fáceis de serem retirados, duram mais. Comprimidos nas prateleiras, induzem a sua retirada de maneira incorreta, o que danifica as lombadas e fatalmente leva ao dano da encadernação. Livros apertados também favorecem o aparecimento de cupins.
  16. Quando tirar um livro da prateleira, não o puxe pela parte superior da lombada, pois isso danifica a encadernação. O certo é empurrar os volumes dos dois lados e puxar o volume desejado pelo meio da lombada.
  17. A melhor posição para um livro é vertical. Livros maiores devem ter prateleiras que permitam isso. Em último caso deixe-os horizontalmente, tomando-se o cuidado de não sobrepor mais de 3 volumes.
  18. Luz do sol direta nem pensar. O sol desbota e entorta as capas.
  19. Se for um livro antigo ou de algum outro valor ou de maior sensibilidade, lave as mãos antes de folheá-lo, já que mãos engorduradas contribuem para a aceleração da decomposição do papel. Evite umedecer as pontas dos dedos com saliva para virar as páginas do livro.
  20. Ao ler um livro, evite abri-lo totalmente, como por exemplo, em cima de uma mesa. Isto pode comprometer a estrutura de sua encadernação.
  21. Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado.

30.9.07

Simplicidade, não me faça pensar...


Hoje, pesquisando na Net descobri o livro do John Maeda (aí ao lado). O livro parece ser bem interessante e leva em consideração aqueles critérios levantados pelo Steve Krug em seu livro Não me faça pensar. Acredito que estes autores estão na verdade se preocupando com o que já podemos ver na internet: muita coisa, ao mesmo tempo, nos invadindo e sobrepondo. Pensando assim podemos colocar também que Richard Wurman com o livro Ansiedade de Informação e Peter Morville com Findability nos ajudam a entender o que anda acontecendo. São assuntos que se complementam e que na verdade parecem ser um só: a gestão da informação, de forma simples e descomplicada.
Ainda não tive acesso ao livro do Maeda, mas se alguém já o tiver e puder comentar por aqui eu agradeceria muito.

10.9.07

O que pode ajudar a mudar a imagem do bibliotecário?

Grande luta hoje para escolher meu tema de mestrado pois muitas coisas me apetecem e muitas dúvidas surgem. Sejam sobre o papel do profissional de biblioteconomia no mercado de AI e GC, seja sobre as competências necessárias aos profissionais destas áreas.
Acredito seriamente que o lugar dos bibliotecários não é somente na biblioteca, aliás esses são os lugares onde menos se precisa deles atualmente. Também acredito que ficar discutindo terminologias não mudará sua imagem, muito menos sua formação. Somente a formação extra-curricular poderá combater idéias retrógradas e infundadas. Será que pesquisas ajudam neste combate?

27.7.07

Resultado do XXII CBBD

Sinceramente, fiquei meio decepcionada com o congresso. A maioria dos trabalhos de meu interesse não foram apresentados, geralmente relacionados a AI e GC. Foi uma média muito alta para um congresso em minha opinião. Não que eu tenha escolhido poucos trabalhos para ver, mas para uma programação com previsão de término marcado para as 17h, terminar às 15h... Ainda não divulgaram os trabalhos na Internet, apenas quem participou do CBBD recebeu os anais. Acredito que os interessados podem solicitar à FEBAB uma cópia. Triste é ter feito uma inscrição com tantas expectativas com relação às novidades da área e não ter tido tanto acesso quanto esperado.
Que o próximo congresso seja melhor.

9.7.07

XXII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação



Tema geral: Igualdade e Diversidade no Acesso à Informação: da Biblioteca Tradicional à Biblioteca Digital
Brasília, DF, 08 a 11 de Julho de 2007
Apesar de alguns contratempos a proposta e a programação está muito boa, abrange temas como: Gestão da informação e unidades de informação: os desafios da infodiversidade, Mediação e comunicação da informação: do impresso ao eletrônico e Tecnologias de informação e comunicação: contribuição na segurança, acessibilidade e arquitetura de informação.
Mais informações: http://www.febab.org.br/XXII_CBBD/xxii_abertura.html

19.5.07

Oportunidades que estão surgindo

Esta semana participei do Ciclo de Palestras sobre Gestão da Informação, promovido pelo Information Resource Center da Embaixadada Americana aqui em Brasília. As palestras deram enfoque à AI. Tivemos palestras sobre ontologia, web semântica, estudo de caso e até a presença de uma arquiteta de informação da Walt Disney.
Poucas novidades para quem já atua na área há algum tempo. O que mais me deixou animada foi saber que a AI está sendo desenvolvida e respeitada em órgãos publicos, o que pode ser comprovado na palestra realizada pela Flávia Macedo, servidora do Tribunal de Contas da União. Ela também apresentou uma palestra sobre o trabalho que vem desenvolvendo no TCU no 1º Seminário de Gestão da Informação Jurídica em Espaços Digitais e agora com as novidades nesta palestra.
Outra presença também interessante foi a do Prof. Dr. Ailton Feitosa, autor do livro "Organização da Informação na Web" que também esteve no Seminário Sobre Informação na Internet, que contou com a presença dos grandes como Google e Yahoo!. De acordo com Feitosa,
o mercado está se abrindo para os profissionais da informação e é interessante ficar atento às oportunidades que estão vindo camufladas com nomes diferentes dos já tradicionais mas que no fim envolvem estudos de métodos de organização da informação a fim de recuperá-la de forma mais fácil.

25.4.07

Porto Digital

Assistindo a uma reportagem da Globo News sobre o Porto Digital em Pernambuco, descobri porque muitos conhecidos estão debandando para o nordeste. Que oportunidade genial! E a proposta de criar esse setor de tecnologia é fabulosa! Aliás nem proposta é mais, já é realidade. Uma alavanca para uma região do Brasil que tinha como tradição sobreviver principalmente do turismo.
O Porto Digital segundo seu próprio site é definido como "Arranjo Produtivo de Tecnologia da Informação e Comunicação, com foco no desenvolvimento de software, que está situado no Recife, capital de Pernambuco, no nordeste brasileiro." Uma iniciativa que está exportando conhecimento de valor agregado para todo o mundo, inclusive com premiações da Microsoft para projetos desenvolvidos por universitários do Porto. Vale a pena descobrir mais sobre este pólo de tecnologia, é um novo mercado que está se abrindo.

15.3.07

AI, GC e a valorização do ser humano

Gerenciar a informação na internet é praticamente inviável já dizem inúmeras pessoas. Claro, não há como qualquer ser humano gerenciar um conteúdo tão extenso que se expande em progressões tão alarmantes como o espaço. Mas há como facilitar o acesso à informação que pretendemos colocar à disposição na Inet. Estaremos fazendo nossa parte, correto?
A AI é uma bela prova de que é possível organizar a informação de forma lógica, seguindo padrões de usabilidade e principalmente de processos cognitivos, afinal a mente (mesmo que não percebamos) segue padrões.
Vejo essa questão como um pouco de Information Literacy, termo ainda pouco definido por aqui. É algo como ensinar o usuário a encontrar o que precisa de forma que ele possa encontrar o que precisa sozinho. Mas a AI não ensina, apenas facilita as coisas de forma que o usuário possa agir sozinho.Capa do livro de A Atual Gestão do Conhecimento de Consuelo Rocha Dutra de Lara, da editora Nobel
Chega-se em outra questão, essa organização permite um melhor "gerenciamento" das atualizações da informação por parte do usuário. Proporciona a diminuição da incerteza, tão certa nos tempos atuais. Claro que o "gerenciamento" será feito pelo usuário, mas a GC começa no ser humano pois é ele que inicia o processo.
Aqui, mais uma vez, chegamos a conclusão de que o usuário é o centro de todo movimento e toda mudança ocorrida e me questiono: será que estamos realmente na era da informação? será que não estamos na era da "valorização do ser humano"? Afinal, é para ele que tudo é feito, processado, facilitado. Após séculos tentando modificá-lo, adaptá-lo, desumanizá-lo, chegamos a um tempo onde ele, o ser humano, é a razão de tudo.