15.8.06

Padronizar ou diferenciar?

Estive lendo o artigo Browsers e seus diferenciais e comecei a pensar a respeito da padronização. Ora, nosso processo de aprendizagem se torna muito mais rápido quando repetimos várias vezes a mesma coisa, seguindo os mesmos padrões. No caso de browsers que são muitas vezes ferramentas de trabalho, não seria mais fácil que seguissem um padrão básico? E seu diferencial fossem serviços, como coloca o artigo que citei? Digo o mesmo para a interface dos celulares, é inconcebível ter que reaprender a trabalhar no aparelho toda vez que compra um novo. A semelhança só aparece se o fabricante é o mesmo, mas tente mudar de fabricante a cada troca... Perdemos inclusive nosso tempo para refazer o processo de trabalho que já tinha sido aprendido porque os padrões são alterados. Haja memória.

9.8.06

Ansiedade da Informação e Gestão do conhecimento

A ansiedade da informação está muito em voga atualmente. Resultado direto da explosão de mídias que permitem maior interação como blogs, podcasts, pra citar alguns, possibilitados principalmente pela Internet. A TV digital também é um meio que permitirá uma interatividade nunca vista antes, mas que ainda continua em fase de constituição de padrões e leis. Nesse novo cenário, instantâneo, interativo e, principalmente, com ênfase na produção de informação (vamos deixar a discussão sobre dado>informação>conhecimento para um próximo post), a ansiedade de informação torna-se objeto de destaque.
Quem nunca se sentiu culpado por não conseguir se atualizar como acha que deveria estar atualizado? Por não conseguir ler todos os livros e artigos que acha que deveria ler ou que achou interessante? E os e-mails que crescem a cada segundo, sem que se consiga pelo menos esvaziar a caixa postal antes que novos e-mails cheguem? O estresse parece fazer parte do cotidiano tóxico em que estamos vivendo, é o que Wurman (2005) chama de a "sociedade do mais". Nossa cultura enfatiza o que popularmente chamamos de "decoreba", mas imagine receber milhares de informações diferentes todos os dias e ter que decorar. Não há como. De acordo com um estudo feito por Freitas e Soares (2004) nossa capacidade para decorar, ou melhor, nossa memória de curto prazo, tem capacidade limitada de armazenamento. Não é o caso de desesperar então quando vimos algo ontem e já nos esquecemos do que se tratava. O fato é que para assimilarmos algo realmente, ou compreender a informação que recebemos, é preciso que a informação seja vista e revista várias vezes; só assim esta informação passará para a memória de longo prazo que tem a capacidade de armazenamento ilimitada.
Bem, já que é complicado rever a mesma informação várias vezes em nossa rotina de novidades piscantes como não se perder nesse oceano?Oceano
Considerando a metáfora de oceano e em se tratando de navegar pelo mar de informações, a Gestão do Conhecimento assemelha-se àquele grito preso na garganta: "terra à vista". Definição de metas, objetivos, planejamento estratégico, monitoramento ambiental, inúmeras são as ferramentas que nos são oferecidas. Mas o fundamental é saber para onde queremos ir e como chegar lá, com a determinação de necessidades e objetivos a Gestão do conhecimento se transforma na ferramenta fundamental, ou quem sabe na "bóia salva-vidas", que nos permite gerenciar as informações que possuam conexão com as metas e objetivos traçados.